Muitas pessoas acreditam que designers criam projetos brilhantes a partir de momentos de inspiração repentina. No entanto, profissionais renomados do design defendem que um bom trabalho não nasce de um lampejo criativo, mas sim de um processo estruturado e de anos de experiência.

Um exemplo clássico é Paula Scher, que criou o icônico logotipo do Citibank em apenas cinco minutos. No entanto, ela mesma afirmou que levou 34 anos de experiência para desenvolver a capacidade de criar algo tão rápido e eficaz. Esse caso ilustra um ponto fundamental: a rapidez na execução não significa ausência de trabalho, mas sim a consolidação de um conhecimento adquirido ao longo de uma carreira.

Michael Bierut, também sócio da Pentagram, reforça essa ideia ao afirmar que um bom design não surge de uma inspiração momentânea, mas de um processo estruturado. O trabalho do designer envolve pesquisa, testes, experimentação e revisão constante. Cada detalhe é pensado para atender a objetivos específicos e resolver problemas de comunicação visual.

A percepção de que a criatividade é um dom espontâneo é um dos maiores equívocos sobre o design. Na verdade, a criatividade é resultado de um método, de estudo e de experiência prática. Designers bem-sucedidos não apenas desenham, mas também analisam, pesquisam, testam e refinam suas ideias até chegarem à solução ideal.

Esse entendimento é essencial tanto para designers iniciantes quanto para clientes e empresas que contratam serviços de design. Valorizar o processo criativo significa reconhecer a importância da experiência, do estudo e do tempo dedicado à construção de algo realmente eficaz e impactante.

No final das contas, um design de qualidade não é apenas fruto de um instante de inspiração, mas de um longo caminho de aprendizado, experimentação e aprimoramento. Como disse o renomado designer Milton Glaser: “O trabalho do design é tornar visível o invisível”, e isso demanda muito mais do que apenas sorte ou talento nato: requer comprometimento, disciplina e um processo bem estruturado.