O som de Janis Joplin, logo pela manhã, quando o sol da Califórnia brasileira ainda não está fervendo, despertou o espírito hippie por aqui. E onde estão os hippies, com aquela alegre descrença no capitalismo? Logo agora que mais precisamos deles. Agora que o mundo está de pernas para o ar.
A arte sendo tratada como desnecessária, sem uso, sem lugar. As mulheres amontoadas e nuas na web, com números, sempre prontas, basta clicar e chamar. O amor que quer dominar e não mais se entregar. O “fast love”. É um eterno troca-troca de casais, rápido e quantitativo. O tempo todo uma obscenidade no ar. As famílias desagregadas. As crianças crescendo com babás. Os animais sendo maltratados.
E que este não seja um manifesto socialista nem um lero-lero ideológico, unicamente uma vontade de juntar, de unir.
