Já posso ouvir por aí os jingles natalinos, sempre acompanhados por uma família quilométrica de ornamentos dourados, luzes brancas, piscando, pinheiros decorados, renas, bonecos de neve, botinhas na chaminé…
Ok, ok. Renas, neve e chaminé não são o forte do interior paulista. Mas já posso ver as sacadas decoradas e caixas do som propagando a voz de Simone, que em 1995 lançou o cd 25 de dezembro, exclusivamente com canções natalinas, e obteve a maior vendagem da carreira, mais de um milhão e meio de cópias vendidas em apenas um mês e meio, em alto e bom som.
“Então é natal, e o que você fez?” Deixando-nos com peso na consciência de não termos nos esforçado o bastante, de não termos perdoado, de não termos rezado o suficiente, de não termos tido tempo suficiente para nada. Deixando todos os corações amolecidos. “Hiroshima, Nagazaki, Mururoa…” Vamos, lembrem-se de todas tragédias naturais, das pessoas que precisam de ajuda, das guerras, amoleçam o coração, enobreçam a alma e… comprem.
Não é ceticismo, nem comunismo, muito menos ateismo. É o desejo de que as pessoas se esforcem para ser boas durante todo o ano.
“Oxalá pudéssemos meter o espírito de natal em jarros e abrir um jarro em cada mês do ano.” (Harlan Miller)
ah! como eu gosto de ler o que esse ‘menino’ escreve!!!
curto, compartilho e tenho orgulho!!!
Muito bom, parabéns.
Valeu, pessoal! 🙂