Como seria viver sem o dinheiro? Ou melhor: como seria viver tendo que pagar tudo com o seu tempo de vida? Soa um pouco estranho, mas dá pra entender melhor ao assistir “O Preço do Amanhã”. Fiquei um pouco confusa no começo, mas pra compreender é só trocar o tal do DINHEIRO pelo TEMPO.
Imagine só: quero comprar uma refeição. Para tal, preciso gastar 20 minutos do meu precioso tempo de vida. Ou então um carro; nada que uns 50 anos não resolvam. E se esse tempo está acabando (o qual eu adquiro trabalhando), talvez eu faça empréstimos de tempo ou peça para minha mãe/amigo/conhecido para me dar um pouco do seu tempo para que eu possa me alimentar.
Os ricos têm séculos de vida. Os pobres, talvez alguns dias, ou algumas horas.
Injusto? Talvez. Mas não difere muito do que vemos na vida real.
Até quando seremos prisioneiros do dinheiro? Aquele que consome nossos dias, nos matam de preocupação, e até nos impulsiona a gastá-lo de maneira indevida. Aquele que gira o incessível ciclo de trabalhar para viver e viver para trabalhar. Dessa passagem nem ao menos levamos parte dele, apenas a aprendizagem. Afinal de contas, “caixão não tem gaveta”.
Se está acabando o dinheiro, consequentemente nossos dias estão contados. Se não tem dinheiro, não tem comida, saúde, moradia.
O filme é uma boa metáfora que nos faz pensar exatamente isso: o dinheiro consome nossas vidas, nosso fôlego, nosso tempo.
Juliana Fernandes, produtora audiovisual, é fã do bom e velho rock in roll e apaixonada por fotografia. A ‘Queen’ de todas as artes, vídeos e fotografias criados por aqui, sempre com vários toques de criatividade e bom gosto. Tudo isso em p&b.